segunda-feira, dezembro 05, 2005

Presidenciais

A direita tem uma oportunidade histórica para eleger um candidato da sua área. É a segunda vez que Cavaco tenta e se perder não vale a pena ficar deprimido porque o Miterrand só foi eleito à terceira.
O PS, em desespero de causa, foi buscar Soares sénior ao descanso dos velhos senadores pensando estar a jogar uma cartada invencível, uma espécie de ás de trunfo. Os portugueses costumam ser cautelosos a eleger o Presidente, sabem que ele será sempre a última instância com que podem contar quando um governo se passa dos carretos. Se elegessem Soares pela 3ª vez estariam a prolongar ainda mais a idade da reforma (se um presidente pode sê-lo até aos 86, então todos poderão trabalhar até aos 70!).
Soares move-se com dificuldade, força o riso, ri-se das próprias piadas, brinca com doenças da sua idade que o não afligem mas que vitimam muitos portuugueses condenados a ficar nas listas de espera (por ex. a hipertofia da próstata).
Cavaco não é jovem, é certo, mas ainda tem muito para dar. Estou à vontade nesta matéria: nunca gostei dele (nem gosto), mas o PS já demonstrou bem o que é capaz de fazer com uma maioria absoluta, imagine-se com um Presidente da sua cor política. É a teoria dos ovos e do cesto tão cara a Soares. O povo gosta de omeletes mas nunca porá todos os ovos no mesmo cesto.

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