sexta-feira, junho 14, 2013

Cortes, quais cortes?

A história dos cortes é mais um episódio de ação psicológica governamental com o objetivo de baralhar os cidadãos e lhes retirar a capacidade de protesto.
O Governo empurra para a Troika e a Troika para o Governo. Dentro da Troika também não se entendem. O FMI e o BCE têm "leituras" diferentes da situação do país.
Sinceramente, despendi algum do meu tempo a discernir se era a Troika que exigia cortes nas pensões, reformas e vencimentos dos funcionários ou se o Governo era mais papista que o "Papa". A novela do congelamento da 7ª avaliação não me convenceu. O país estava mais que "aprovado" como se veio a verificar, mas houve uma encenação encomendada pelo Governo para dramatizar a situação e convencer a população a aceitar mais cortes.
O défice no estado mantém-se a rondar os 5,5% anuais apesar do enorme aumento do IRS verificado este ano, o desemprego disparou para quase 18%, e PIB vai cair cerca de 4%, só a balança comercial está já superavitária (positiva) devido à queda das importações e não tanto ao crescimento das exportações. O Ministro alemão das Finanças Schaüble considera o Programa de Reajustamento Português como um sucesso. Deve ser só ele...
Cavaco diz fora o que não faz dentro de portas (que é preciso apoio do BCE ao nosso regresso aos mercados e flexibilização de metas orçamentais).
Li hoje declarações de Passos Coelho sobre o corte de 4,7 mil milhões de euros que não serão em 2014 mas tão só em 2015. Será? Convém ouvir as notícias todos os dias e várias vezes ao dia.

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