segunda-feira, março 26, 2007

Suicídios

Ultimamente algumas pessoas próximas ou simplesmente conhecidas têm enveredado por este caminho. Felizmente falharam quase todas. Ainda bem, digo eu, mas alguns ficaram desiludidos ao acordarem na cama do Hospital. A vida, como se sabe, é o valor fundamental das sociedades ocidentais. Atentar contra este direito é crime ou moralmente censurável se for o(a) próprio(a).
Sempre tive tendência para dividir os suicidas em duas categorias: os que se matam mesmo sem darem pistas nem hipótese de serem travados e os que se vão suicidando aos poucos presumivelmente para chamar a atenção daqueles que os rodeiam. Sei que pareço desapiedado e quiçá cruel, mas tenho consciência de que não o sou. Sei que todas as pessoas que atentam contra a sua própria existência o fazem como último recurso para terminar com uma angústia existencial insuportável. Tenho de dizer, antes de mais, que respeito muito os seres humanos que chegam a este ponto. Não estou seguro de um dia me não me encontrar na mesma situação, por isso não vale a pena cuspir para o ar...
Entre as causas mais apontadas estão as depressões, os desgostos, a perda do(a) companheiro(a), o desemprego de longa duração, não conseguir superar uma adicção, doenças incuráveis, conflitos matrimoniais, divórcios litigiosos, falências... Alguns suicídios aparecem disfarçados sob a forma de acidente, para que a família receba um seguro ou para que o falecido tenha um funeral católico.
Todos nós deveríamos fazer mais para combater este flagelo. Damos a vida como algo garantido quando deveríamos viver cada dia como se fora o último. Na realidade nunca sabemos se não será mesmo...
Dedico este artigo à Sara (nome fictício) que por estes dias tentou acabar com a vida.
Não morras, Sara! Fazes falta ao mundo.Todos fazemos mesmo sem nos darmos conta disso.

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Obrigada,

Pelas Saras, pela Raquel

26 de março de 2007 às 22:44  

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