quarta-feira, janeiro 23, 2008

ASAE

Durante anos nunca se tinha a certeza daquilo que se comia nos restaurantes. Nada era garantido: da frescura dos alimentos às condições de higiene das cozinhas. A inspecção alimentar que havia era inoperante por falta de meios e de determinação na sua forma de actuar. Vários organismos competiam entre si a nível das respectivas competências.
Quando a ASAE foi criada acabou esta confusão. Passou a existir um único organismo de fiscalização alimentar e do consumo. A impunidade daqueles que enriquecem com a contrafacção, a mixordagem, a adulteração de comidas e bebidas, terminou.
Levantam-se agora algumas vozes bem pensantes a criticar os "excessos" cometidos por esta instituição. O facto de "atacarem" as feiras encapuzados, terem agora treino militar dado pela secreta nacional e pelos SWAP norte-americanos, encherem os tribunais de processos e contra-ordenações. Cometeram até o excesso de encerrarem uma pastelaria durante ano e meio cujo proprietário depois só levou uma multa de € 50.
Será que preferíamos comer gato por lebre, literalmente falando, ou cão por cabrito. Peixe "fresco" congelado e descongelado sucessivamente até perder as escamas e mudar a cor. Haver baratas e ratos a passearem-se pelos alimentos como se detectou num conhecido restaurante-snack de 1ª categoria das avenidas novas. Queríamos isto?
Quando temos uma coisa que franceses e outros europeus andam a tentar conseguir há anos trata de "deitar abaixo". Essa sempre foi uma especialidade nacional.
Claro que o "chefe" da ASAE não devia ter cometido o pecado de fumar cigarrilha na passagem de ano num casino. Devia dar o exemplo. Mas também tem razão quando diz que toda a gente atravessou fora da passadeira pelo menos uma vez na vida.

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