domingo, novembro 27, 2011

Agenda escondida

O PSD teria ganho as eleições se revelasse que iria cortar os subsídios de Natal e de Férias a funcionários públicos e reformados?
Claro que não. E concerteza não seria por serem maioritários no eleitorado, mas porque todos os que dependem de actividades ligadas ao consumo interno (hotéis, restaurantes, lojas...) perceberiam que o seu negócio ou rendimento seriam irremediavelmente afectados.
A desculpa para os governantes fazeram o oposto daquilo que afirmaram na campanha eletoral já sabemos qual é: a ignorância sobre o verdadeiro estado das contas públicas. Poderia inscrever-se na Constituição (o tal papel que Medina Carreira diz não servir para comer) a obrigatoriedade do conhecimento integral dos dossiês por parte das oposições antes das eleições, mas nada resolveria porque inconstitucionalidades é o que há mais por aí. Convenhamos que o desconhecimento da realidade é uma desculpa que lhes tem dado imenso jeito.
A agenda escondida é o ataque aos funcionários. Não é nova. Foi mesmo ensaiada por Durão Barroso antes de se ir embora e deixar a "chafarica" entregue a Santana Lopes. Agora percebe-se melhor que as reformas antecipadas não são solução por agravarem as contas da Segurança Social, o quadro de excedentes obriga a pagar parte do vencimento e que as rescisões amigáveis sairiam caras, logo resta o despedimento. O despedimento de funcionários não é permitido pela lei. Então muda-se a lei, não é? Por isso andam a experimentar o terreno a ver se a semente pega...

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