sexta-feira, abril 06, 2007

Até onde?

Não conheço Sara (nome fictício) pessoalmente. Sei por interposta pessoa amiga de que vive e se encontra bem, razoavelmente bem.
Todos nós podemos fazer alguma coisa quando alguém amigo ou conhecido está em perigo. Muitas vezes não fazemos nada por pensar que nada podemos, por querer evitar mal entendidos, afinal envolvermo-nos é sempre um risco. Mas valerá a pena corrê-lo? Até que ponto estamos dispostos a ir? Já alguma vez arrsicámos um mergulho à noite na praia sem luar e sem conhecer o local? Sabe tão bem a saída da água escura e fria, a corrida para a toalha salvadora...
O medo está em todo o lado, somos forçados a viver com ele, mas conseguimos enfrentá-lo?
Todas as vidas, cada vida, valem o mesmo. Isso significa que a minha vale exactamente o mesmo que a de alguém disposto a acabar com a sua por não encontrar saída, por não ver uma luz ao fundo do túnel, por não ter um ombro onde encostar a cabeça (ainda há dias precisei eu de um... e tive-o em de quem menos esperava!).
Até onde estamos dispostos a ir para ajudar alguém? Esta a pergunta que me roda dentro da cabeça desde que soube da Sara. Até onde? Que cada um faça esta pergunta a si próprio e encontre a resposta que eu encontrei. Pode-se estar na praia a gozar o sol e quando menos esperamos somos os primeiros a ver alguém a afogar-se... e não teremos tempo de pensar, à nossa frente apenas o mar revolto e a bandeira vermelha do instinto da auto-preservação.
Até onde?...

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Caro amigo (será que o posso chamar assim?)

A propósito do seu último texto sobre o medo, apeteceu-me enviar-lhe esta citação "O medo é uma doença quase tão mortal como o cancro e torna-nos dependentes de quem achamos que nos pode salvar - do cancro e do medo (...) O medo provoca, nos humanos, a perda de reacção à injustiça"
Autor: Graça Barbosa Ribeiro

Quem serei eu??? Ai que medo!!!

18 de abril de 2007 às 22:22  

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