quarta-feira, abril 25, 2007

Medo ou os limites da salvação

Os meus anteriores dois posts não eram sobre o medo. Nem sobre o medo de conhecermos o nosso íntimo. Eram escritos sobre aquilo que qualquer um de nós pode fazer para ajudar alguém em desespero. Não sou psicólogo, nem me acho especialmente dotado para este tipo de missão, apenas acho que sendo todos humanos podemos estender uma mão amiga...
A imagem do afogado invoquei-a quase de forma subconsciente, mas teve a virtualidade de um dos leitores que me conhece e é nadador-salvador me alertar para o facto de quando se salva alguém no mar é preciso cautela para não ir ao fundo com a pessoa e morrerem os dois. Disse-me esse amigo que é preciso aproximarmo-nos da pessoa pelas costas para evitar que se agarre ao nosso pescoço e nos afunde.
E como se faz isso na vida?
É mais complicado, muito mais! Não por medo de nos conhecermos, mas porque ao conhecermos os nossos limites estamos a interferir nos limites de quem está em risco (ou diz que está...). A Graça tem razão o medo é uma doença como o cancro, mas é também aquilo que na vida nos preserva, nos mantém alerta, evita erros, erros que podem custar caro. É preciso cuidado há quem se aproveite da bondade alheia. Choca, mas há...

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