quinta-feira, fevereiro 07, 2013

Franquelin Alves

É o último fait divers da nossa cena política.
Passos deve ter ido buscar esta personagem singular ao baú dos tecnocratas errantes.
No curriculum oficial do senhor havia uma omissão, quase um mero detalhe sem importância, a sua passagem pela administração da SLN proprietária do BPN.
O PCP e o Bloco de Esquerda, e, mais tarde, o PS, vieram exigir explicações, insurgiram-se contra esta escolha para secretário de estado, tendo os comunistas apelado ao Presidente da República para não empossar o dito.
O pelouro é sugestivo: Secretário de Estado do Empreendedorismo, Competitividade e Inovação. 
O senhor quando foi administrador da SLN já haviam sido praticadas o grosso das aldrabices no BPN pelo que não se lhe pode assacar responsabilidades por elas, o problema foi o tempo que a administração de que fazia parte demorou a avisar o Banco de Portugal. Acabou por nem ser um aviso mas tão só a resposta a um pedido de informações.
O dono da Jerónimo Martins já veio dizer que o Sr. Franquelin era pessoa competente e idónea e que lamentaram a sua saída do Grupo.
O que eu acho engraçado é ainda se esperar ética por parte dos nossos governantes. Este caso espelha na perfeição as conivências e as cedências do "pessoal" afeto aos dois principais partidos do poder. O BPN tornou-se o principal sugadouro de recursos financeiros dum país à beira da bancarrota. O banco onde os amigalhaços do Oliveira e Costa iam sacar dinheiro em malas de viagem, o banco que transgrediu impunemente todas as regras da sua actividade, o banco que inventou um paráíso fiscal em Cabo Verde com o Banco Insular.

 
 


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