segunda-feira, novembro 12, 2012

Ângela Merkantil

A Chanceler Merkel vem hoje a Portugal para uma visita oficial de 5 horas.
Não sou daqueles que consideram essa visita um ultraje ou uma afronta.
As visitas de chefes de estado e de governo devem ser consideradas normais.
Esta parece-me demasiado curta. Menos de um dia são visitas a regiões e não a estados.
Quanto à figura, bem, ela defende os interesses do povo alemão. Nem se devia esperar outra coisa...
Os investimentos alemães estão a render bem e os juros que a troika cobra pelo empréstimo salvador são, como diz Louçã, autêntica usura. Um país que se financia quase a custo zero e empresta a 3,5 %, ainda que por interpostas entidades, pratica uma usura vergonhosa.
Vi a sua entrevista à RTP. Fugiu às perguntas incómodas como quis. Disse o que era expectável: que os sacrifícios dos portugueses não são exigidos pela Alemanha, decorrem do acordo livremente assinado entre o Governo português e a Troika.  Disse que não pensava vir a ser necessário alargamento do prazo do empréstimo ou novo resgate. Que as medidas de austeridade demoram a surtir efeito, e que foi assim também na Alemanha.
Anjo ou demónio?
O nome é de anjo, a política que defende é de austeridade.
Já se viu que não resulta mas a receita é para aplicar de forma cega. Merkel e o seu pupilo Passos não são do género de aprender com os erros. Para isso é preciso (entre outros ingredientes) ter humildade.
Ângela tem pelo menos uma qualidade: diz o que pensa. E disse que esta austeridade é para durar mais cinco anos. Curiosamente não vi o Sr. Hollande ou o Sr. Monti contradizê-la.  
 

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