A clareza de Seguro
Seguro foi claro. Num país em que metade dos
políticos fala por hipérboles e a outra metade por meias palavras, o líder do
maior partido de oposição aceita o diálogo mas não a conivência. O Governo (já
se percebeu) procura quem ajude a pagar a pesada factura da impopularidade da
sua governação.
Disse o secretário-Geral do PS:
"
Não aceitaremos em qualquer circunstância um ataque ao Estado social. Connosco não haverá nenhuma revisão constitucional que ponha em causa as funções sociais do Estado”.
Entenda-se por "Estado Social" o ensino público, o Serviço Nacional de Saúde, a Assistência Social, as pensões aos reformados...
Com a mesma ligeireza com que o Governo atira números para os "buracos" orçamentais (4,5 mil milhões) também divulga o número de funcionários públicos a dispensar (50.000). Ficam todos os 600.000 a pensar quais serão "contemplados": se serão alocados ao quadro de mobilidade, convidados a rescindir contrato com indemnização ou simplesmente despedidos (se a Constituição não deixa logo se vê...). Enquanto temem pelo seu emprego seguramente se tornarão mais produtivos...
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