quinta-feira, julho 26, 2012

A direita cortada a direito

A direita neo-liberal que nos governa não gostou da decisão do Tribunal Constitucional sobre os subsídios de férias e de Natal "suspensos" (cortados) aos funcionários públicos e aposentados. Foi vê-los desancar nos juízes desse tribunal superior sem dó nem respeito. Cuspiram acusações torpes de que os juízes estavam a zelar pelos seus interesses pessoais e a fazerem política orçamental. Depois de passado o desnorte finalmente descoseram-se com a justificação para terem sido injustos: a segurança no emprego dos funcionários e serem mais bem pagos que os do sector privado. Comparação impossível pois não há juízes, nem polícias no privado.
Tem piada, porque a maior segurança no emprego em Portugal têm-na os políticos que entram na política pobres e saem de lá ricos, quando atravessam o "deserto" e por fim chegam ao governo já sabem o "tacho" que os espera quando regressarem ao privado.
Teria graça observar a segurança que têm os professores com horário zero obrigados a concorrer como se estivessem agora a iniciar carreira. A segurança que têm os enfermeiros obrigados a emigrar num país que tem falta deles mas teima em pagar-lhes mal.
É uma direita que perde o verniz e logo agarra o cacete da injúria quando os ventos não lhe sopram de feição.
Uma direita que não respeita um tribunal superior como o T. Constitucional é uma vergonha.


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