segunda-feira, outubro 29, 2012

João Ferreira do Amaral, o nosso "Monti"?

Vi a entrevista de João Ferreira do Amaral e constatei que também ele reúne as condições necessárias para o cargo de 1º Ministro de um governo de inspiração presidencial (e a propósito... o que falta mesmo a este Presidente é inspiração).
Convém notar que este reputado economista é favorável à saída do Euro e,  creio que também, da União Europeia dado que um país poder alterar o valor da sua moeda é um instrumento fundamental de política financeira (e económica), ora na presente situação estamos amarrados a uma moeda forte que torna as nossas exportações menos competitivas.
Diz J.F.A.:
"Acho que nos devíamos começar a preparar para isso [sair do euro] para, quando acontecer, o fazermos de forma ordenada e com o mínimo de estabilidade". 
Pois, sair de uma moeda comum para voltar à antiga (escudo) gera turbulência na economia, em especial nos famigerados mercados. E depois há o medo de se perder 50% do valor de tudo o que possuímos e, ao mesmo tempo, passar o que devemos para o dobro. Mas então se fizermos as contas como deve ser a quanto já perdemos nos últimos anos?
Somemos o diferencial entre uma inflação média de 3% ao ano e os salários congelados desde 2005 (excepto 3% de aumento em 2009), ou seja, 7 x 3% = 21%
Some-se os sucessivos cortes na F. Pública (e nalguns privados): 1,5% + 5 a 10% + 14%(subsídios) =  20,5% a 25,5%.
O resultado é: 41,5% a 46,5% de cortes salariais!
No capital é bem diferente. Por exemplo a taxa liberatória aplicada no IRS aos rendimentos de depósitos a prazo passou de 20% para 28,5% em 2013, ou seja, um agravamento de 8,5%.
O PIB, esse, caiu para valor idêntico ao do ano... 2000! Doze anos perdidos! 
 
 
 

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