terça-feira, outubro 01, 2013

Autárquicas 2013 - o rescaldo

Um observador desprevenido que escutasse as declarações do líderes das principais forças políticas nestas Autárquicas de 2013 poderia pensar que afinal ganharam todos! Todos menos o PSD cujo líder assumiu a pesada derrota.
O CDS/PP exultou por ter passado de uma para cinco câmaras municipais e voltar a ser uma "força significativa" no panorama do poder local. Portas já nos habituou às suas piruetas. Fala dos bons resultados onde concorre só e omite as derrotas de Sintra, Lisboa, Gaia... em coligação com o PSD.
Ganhou o PS com 36% dos votos, a maioria das câmaras municipais e a presidência da Associação Nacional dos Municípios Portugueses.
O PSD-Madeira perdeu sete das onze câmaras do arquipélago, fenómeno nunca visto. Alberto João também assumiu a responsabilidade embora todos saibamos que é muito mais da política seguida pelo PSD Nacional do que dele.
A CDU recuperou a Península de Setúbal e o Alentejo e cometeu a proeza de ganhar Loures.
O BE quase desapareceu com pouco mais de 2% dos votos. A liderança bicéfala não resulta. Louçã terá de voltar ao leme se não quiserem o naufrágio do barco.
Os comentadores profissionais do costume logo defenderam que os partidos do poder em tempos de crise e com políticas restritivas sempre perderam as autárquicas. É possível. Mas além disso o PSD cometeu erros graves na condução do processo de scolha dos candidatos. A afirmação de candidaturas independentes é outra tendência destas eleições. O povo já não come a papa que os partidos lhe metem à frente. O povo tem querer. Não estou a fazer o panegírico disso porque em Oeiras não foi bonito ouvir gritar o nome de Isaltino na vitória do seu vice.
Ilações nacionais, não se tiram. Sigamos o que diz o PR. E claro que Passos Coelho não é António Guterres que abandonou o "pântano" por causa de uma derrota nas Autárquicas de 2001.
 


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