sexta-feira, fevereiro 15, 2013

1 milhão de desempregados sem subsídio

Este dado ofusca as outras novidades da semana como a invulgar resignação do Papa Bento XVI, a crise no Sporting ou a camisola do árbitro puxada pelo Cardozo.
Este número "colossal" de desempregados sem o apoio necessário deveria tirar o sono a todo o governante consciente.
A mim tira e não sou governante! Talvez porque não haja família em Portugal que não tenha alguém nestas condições. A minha tem.
O desempregado de longa duração já carrega nos ombros com uma pressão psicológica terrível: a de se sentir inútil. Suporta a suspeita injusta de ser um preguiçoso a quem não apetece trabalhar. Em tempos de recessão o panorama é ainda mais negro: quem é que consegue arranjar emprego? Só através de conhecimentos pessoais, a chamada "cunha", um dos cancros do "arco" mediterrânico.
O Primeiro-Ministro falou hoje no Parlamento da sua preocupação, disse que o Governo estava a estudar mudanças em relação à situação destes portugueses. A Oposição (B.E.) propôs o prolongamento do subsídio de desemprego sem limite de tempo, mas Passos Coelho respondeu que não há dinheiro para isso.
A taxa de suicídio (leia-se do desespero desesperado de vez) vem aumentando desde o início da austeridade e acompamha o aumento da taxa de desemprego (e outras taxas como a do crédito mal parado).
17.000 emigraram em 2012 para a Suíça. Os suíços ponderam agora fechar a porta aos cidadãos dos países mediterrãnicos com já fez há algum tempo aos do Leste da UE. Outros voam para o Emirados ou para Inglaterra... Gotas de água que pouco baixam o copo a transbordar.
Portugal ainda vai ser viável.
As casas abandonadas pelos mortos, pelos velhos internados em lares de 3ª idade e pelos emigrados podem ser alugadas ou vendidas a reformados estrangeiros em busca de sol todo o ano. Vão dar-lhes até incentivos fiscais para que se mudem para cá.

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