A corda esticada
Passos Coelho usou esta analogia para dizer que não tenciona aplicar medidas de austeridade adicionais. "A corda já está esticada", disse.
A declaração até pode tranquilizar os mais incautos.
A mim não me sossega, porque este Governo usa e abusa das técnicas de contra-informação. Manda os sequazes das redações dos jornais amigos escrever que vai dispensar 50.000 funcionários-professores, deixa a marinar e depois lá apanham Nuno Crato numa visita a um centro profissional que declara "Nós não somos irresponsáveis, essa medida não está em estudo." Não são? Mas os "funcionários" da Troika a quem encomendaram o estudo ou o são ou foram mal informados pelo Governo. Acrescentaria "deliberadamente" mal informados.
No mesmo dia das mencionadas declarações de Passos Coelho soube-se que o Governo estuda aplicar novas tabelas de remuneração à Função Pública. Mais reduzidas, é claro. O pouco que devolve com uma mão (1 subsídio) tira com mais impostos e com nova redução de ordenados. Não é esticar a corda, é enrolá-la ao pescoço da gente e puxá-la.
Governo ladrão
rouba sem perdão
ao pobre o pão
ao rico a ilusão
A corda, essa, vai continuar a esticar, como se fora elástica.
Elástica não será a paciência do povo...
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