quarta-feira, outubro 30, 2013

O escândalo do Guarda condenado pelo homicídio do filho do ladrão


Não tenho por hábito comentar decisões judiciais.
Tenho-me habituado a considerar a Justiça portuguesa globalmente justa apesar de morosa e vulnerável a expedientes dilatórios que por vezes permitem a prescrição dos crimes.
O caso ocorrido em 2008 do ladrão de cobre que se fazia acompanhar de um filho de 13 anos, desobedeceu à ordem de parar o que acabou por causar um desfecho trágico: a morte da criança cigana pelo disparo da arma de serviço do militar da GNR.
No julgamento em 1ª instância no Tribunal de Loures o guarda foi condenado a 9 anos de cadeia e ao pagamento de chorudas indemnizações aos pais da criança, cerca de €20.000 e €60.000 à mãe. O pai por sua vez foi condenado a 2 anos e 10 meses de prisão. Note-se que a juíza presidente votou contra esta sentença.
Não tenho a mínima dúvida que na 2ª instância, o Tribunal da Relação, isto será mudado.
De quem é a culpa?
Vamos aos factos.
O pai da criança levou-a consigo para praticar um furto de metal não precioso (cobre) numa vacaria, desobedeceu à autoridade pondo-se em fuga, ignorou os tiros de aviso e só parou quando a roda de trás ficou furada  e o miúdo atingido pelas balas do GNR. Hugo Ernano.
Se esta sentença for validada não se espere zelo dos elementos das forças policiais no cumprimento dos seus deveres. Eu no lugar deles viraria a cara para o lado e assobiaria quando presenciasse um assalto.
 

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