As virgens enganadas da política portuuguesa

Em campanha nunca sabem o verdadeiro estado do país. Ei-los chegados ao poder e só então descobrem que o país está de tanga. Se não adoptam o discurso da dita tanga é para não prejudicar a economia que como toda gente sabe tem uma vertente psicológica. Tanga ou fio dental, o resultado é o mesmo. A malta é que paga a factura de sermos mal governados.

Os funcionários públicos são culpados de serem tantos! Como se o número fabuloso de 750 mil fosse consequência de se terem reproduzido e os seus descendentes passarem a engrossar os quadros do Estado. Todos os governos dos últimos 20 anos se queixaram da Função Pública estar demasiado "gorda" e todos aproveitaram para lá meter os amigos e afilhados.

"Pouca vergonha", como diria a minha avó.

Geração à rasca

Lembram-se deles de rabo ao léu frente à Assembleia da República? Lutavam contra as propinas. Passaram uns quinze anitos e os meninos rabinos estão a entrar nos trinta e ainda não ganharam juízo. Um dos mais ilustres representantes desta geração foi para o Dubai fazer um documentário e vai de fumar um charro para sacudir o torpor das noites do deserto. Apanharam-no. Claro que para aqueles lados "direitos hummanos" é uma expressão bizarra.

Estou a pensar criar uma agência de viagens radicalíssima cujos programas seriam coisas do género: apanhar uma piela na Arábia Saudita, comer um chouriço assado no Iemén, tomar banho nu numa praia do Qatar, passear em Bagdad com a bandeira americana numa T shirt...