quinta-feira, dezembro 08, 2011

O caso Strauss-Khan


Sempre desconfiei que a "alegada violação" era uma armadilha montada pela Secreta Francesa. Talvez por ter passado pela experiência da entrada de uma empregada guineense no quarto do hotel de Lanzarote onde passava férias que me descompôs em francês por não ter ouvido bater na porta e não ter o "Please Do Not Disturb" pendurado. Claro que lhe expliquei que no duche não podia ouvir as ténues pancadinhas na porta e que não era responsável pelo hábito de filhos de outros hóspedes se divertirem a tirar os avisos...
Sabe-se agora que a "menina" Diallo era visita de outra suite no mesmo piso do Hotel Sofitel ocupada por agentes franceses que brindaram com champagne a prisão do ao momento Presidente do FMI.
É claro que Monsieur DSK, apesar da idade, está sempre pronto, seja à saída do duche ou numa entrevista  a uma jovem jornalista. Comportamentos previsíveis facilitam a montagem de armadilhas, mas a grande questão é "ao ponto a que isto chegou!!!"
Os mercados financeiros e as agências de rating derrubam governos legítimos, Merkhel e Sarkozy "cozinham" os dois o que bem entendem para os outros países da UE comerem, secretas de países democráticos "eliminam" opositores incómodos, polícias à paisana infiltram-se em manifestações para criar incidentes e justificar a violência dos polícias fardados...

quinta-feira, dezembro 01, 2011

Medidas adicionais de austeridade

Passos Coelho, logo após a aprovação do Orçamento de Estado no Parlamento, veio dizer que poderão ser necessárias medidas adicionais de austeridade caso a envolvente económica externa se degrade. Quais? Não disse. Mas ficámos todos a pensar no alargamento do corte dos subsídios ao sector privado.
O decréscimo do PIB português previsto pelo Governo é de 2,8%. Não creio que se fique por aí. Pode bem chegar aos 4%. Se em consequência disso forem decretadas mais medidas de austeridade, isso vai gerar menor receita do lado dos impostos e depois novas medidas de austeridade para compensar a quebra de receita...
Uma espiral negativa sem fim à vista a não ser a saída do Euro e a seguir a bancarrota.
Convém repetir:
"Não somos gregos". Pois não, mas vamos na mesma direcção. Com menos "loiça" partida, menos pancadaria (por enquanto) mas o resultado final poderá ser igual.