sexta-feira, maio 22, 2009

Magalhoso


Sócrates levou o pequeno portátil para as reuniões europeias. Vendeu o conceito ao amigo Hugo Chavez, ocultando o verdadeiro nome "ClasseMate" e a autoria da INTEL. Poucos primeiros-ministros terão feito uma tal figura de pacóvio.
Agora a União Europeia lançou-lhe um balde de água fria ao anunciar que abriu um processo por incumprimento da regra comunitária da imparcialidade. A adjudicação do fabrico dos computadores implicava abertura de concurso internacional com todos os concorrentes em pé de igualdade. Já não bastavam os erros de tradução do software para português, os atrasos na entrega aos alunos, o uso crianças para fins de propaganda política à revelia da vontade dos pais...
O verdadeiro Magalhães, o navegador, morreu com uma seta envenenada, e, e última análise, por não ter sabido "gerir" os conflitos com a sua tripulação, ora este "Magalhães" está de tal maneira coberto de broncas que já se tornou um magalhoso!

domingo, maio 10, 2009

Histriónicas

Colam-se a nós como lapas, admiram-nos a ponto de beberem as nossas palavras, tornando-se íntimas de um dia para o outro. Vivem no exagero e no excesso. Passam de repente do maior entusiasmo para a mais funda depressão. Fazem asneiras que tentam remedear com asneiras maiores. Desprezam tanto o perigo que são capazes de dançar à beira do precipício ou entrar num cruzamento de olhos fechados.
Exibem comportamentos provocadores, procurando a todo o custo ser o centro das atenções. Têm excessiva sensibilidade à crítica. Exímias manipuladoras, detectam por instinto as fraquezas das pessoas com quem se relacionam. Sabem de psicologia o suficiente para perceberem o que fazer para obter determinado resultado. São seres capazes duma frieza desumana perante o sofrimento alheio embora saibam fazer-se de vítimas sobrevalorizando-se de forma narcísica.
Onde falham?
No detalhe. Por falta de persistência. Pela ânsia de obter sempre novas emoções. As suas "estórias" não resistem a uma análise fria e detalhada.