segunda-feira, abril 22, 2013

O erro de Excel / The excel error [Bilingual post]

Afinal a política que levou à espiral austeridade/recessão/mais austeridade/depressão que afeta os países do arco Mediterrânico (Grécia, Chipre, Portugal, Espanha, Itália...) partiu de um erro de Excel cometido por Keneth Rogoff no seu estudo original.
Daria vontade de rir se não fosse a desgraça de tanta gente.
Como pode tanto decisor perseguir um erro tão básico?
É simples: da mesma maneira que o povo alemão seguiu Hitler em 1933! Puro seguidismo. É o que acontece quando se toma uma teoria como válida sem verificar as suas premissas.
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After all the policy that lead us to the spiral austerity/recession/more austerity/depression that affects the countries of the mediterranean arc began by an Excel error comited by Keneth Rogoff on his original study.
It could make me laugh if this didn't ment a disgrace for so many people.
How can so many decider chase a such basic error?
It's quit simple: the same way that German people followed Hitler in 1933!  Pure irrationality. That's what happens when one takes a theory as valid without verifying their assumptions.

segunda-feira, abril 15, 2013

As portas de Portas

Paulo Portas tem aguentado na coligação a acontragosto. Não é preciso ser especialmente atento ou perspicaz para o perceber.
A falta de comparência de P.P. à posse dos dois ministros substitutos de Relvas é sintoma disso mesmo ainda que garantam ter havido impedimento justificativo.
O CDS/PP queria uma remodelação digna desse nome e não uma mera substituição de um ministro. O PP pretendia a substituição de Álvaro S. Pereira, Ministro da Economia e etc., e quiçá de V. Gaspar.
O Conselho Nacional centrista deste último fim de semana não pariu grande coisa, mas a declaração final tem um recado curioso: a reforma do Estado não deve consistir em medidas avulsas sopradas para a imprensa a conta gotas. Essa é uma divergência estratégica em relação ao rumo seguido pela mríade de assessores do Governo, franganotes enfatuados e petulantes com egos sobredimensionados, crentes em que a "pressão alta" não se deve aplicar só no futebol e que é boa para vergar a "malta", quebrar a vontade dos críticos da ação providencial e salvadora do Governo.
Portas sabe que se deitasse a toalha ao chão poderia ter de pagar um preço político elevado, tão alto quanto a extinção do seu partido em termos eleitorais. Portas não pode correr esse risco, mas continuando a alinhar no rumo que o Governo adoptou não é líquido que o resultado não venha a ser parecido, uma percentagem de votos abaixo dos 5% nas próximas legislativas.
Nenhuma das saídas lhe agrada. Com a espiral recessiva a cavar-se ainda mais (a dupla Passos-Gaspar não tem outra receita para distanciar o país da bancarrota), Portas vai ser encostado contra a parede e forçado a optar. Vislumbro uma aproximação ainda que ténue aos socialistas...

É preciso cuidado... com os gestos!
 

terça-feira, abril 09, 2013

"Just say NO" [Paul Krugman] to austerity

Seguindo a sugestão do Nobel da Economia publicada no seu blogue do New York Times limito-me a dizer:

Não

a mais austeridade

em Portugal

segunda-feira, abril 08, 2013

Coelho vingativo

A reacção de Passos Coelho às declarações de inconstitucionalidade de quatro artigos da Lei do Orçamento de Estado para 2013 por parte do Tribunal Constitucional é indigna de um governante de um estado europeu. Uma crítica "violentíssima" segundo o insuspeito diário espanhol "El País". Um chorrilho de ameaças mais ou menos veladas como por exemplo a da redução de funcionários (amigável ou não) avançar mais cedo. O TC desagrada ao governo e quem paga as favas são os funcionários públicos.
Passos Coelho transferiu a responsabilidade dos "chumbos" para o T.C. quando os únicos responsáveis são: o próprio Governo que propôs o Orçamento de Estado para 2013 e a Assembleia da República que o aprovou.
Já se sabia que ia haver artigos considerados inconstitucionais. O Governo não pode fazer de ingénuo porque na decisão do ano passado ficou claro que o corte do subsídio de férias só aos funcionários era inconstitucional.
 

sexta-feira, abril 05, 2013

A queda de Relvas

Relvas finalmente caiu.
Demitiu-se com um ano de atraso.
Um ano de desgaste e de impopularidade que a "saúde" do Governo dispensava.
Um ano de má coordenação Governo-Parlamento.
Um ano de apupos e vaias.
O Governo tentou fazer controle de estragos políticos ajeitando o timing. Sabiam o resultado desfavorável do inquérito da Inspeção do Ensino Superior e meteram-no na gaveta quase um mês.
Num país de "doutores" Relvas deve sentir-se despido sem uma licenciatura válida, sem "força anímica" no seu dizer.
Será Gaspar o senhor que se segue?

terça-feira, abril 02, 2013

Pressões sobre o TC

O Governo e seus apaniguados não se têm cansado de pressionar o Tribunal Constitucional.
Um dia levantam o véu da ingovernabilidade caso alguma das normas do Orçamento seja chumbada.
Outro dia vem o professor Marcelo afiançar quer Passos Coelho jamais deitará a "toalha ao chão".
Entretanto, houve fugas de informação ou os jornalistas do SOL e da TVI  deitaram-se a adivinhar o veredito dos doutos juízes.
Só falta mesmo ameaçar cortar-lhes (ainda mais!) as pensões ou os vencimentos.
Os juízes foram lá postos pelos partidos mas nem me passa pela cabeça que não decidam com isenção e sem temer ameaças veladas ou explícitas.
 






 O culpado desta situação (estarmos há 3 meses à espera da decisão do T.C.) é o Presidente, Aníbal Cavaco Silva, que não quis pedir a fiscalização preventiva do Orçamento e só pediu a sucessiva porque sabia que os deputados (da esquerda do PS, BE e PCP) o fariam.