terça-feira, janeiro 29, 2008

O estranho caso do apanhador de conquilhas suspeito de ter raptado a Maggie

Uma reformada inglesa de férias no Algarve observou um homem guedelhudo que lhe pareceu ser o do retrato-robot do suposto raptor da menina inglesa. Como os jornais ingleses, vulgarmente conhecidos por "tablóides" se acham mais eficazes que a polícia trataram de dar a devida atenção ao "suspeito".
O caso seria de chorar a rir não fosse a tristeza de se continuar a ignorar a sorte da menina desaparecida, mas ilustra a arrogância e a estupidez da imprensa inglesa e de quem compra tais colecções de mentiras.
Um pacato cidadão já não pode deixar a barba por fazer dois ou três dias, usar cabelo comprido e não se preocupar muito com a limpeza do vestuário sem se tornar logo suspeito de um crime?
Devolvendo a arrogância arriscaria a perguntar se a pacata reformada não será consumidora de uma daquelas substâncias que provocam alterações no sistema nervoso central, mais conhecidas por "drogas"?

quarta-feira, janeiro 23, 2008

ASAE

Durante anos nunca se tinha a certeza daquilo que se comia nos restaurantes. Nada era garantido: da frescura dos alimentos às condições de higiene das cozinhas. A inspecção alimentar que havia era inoperante por falta de meios e de determinação na sua forma de actuar. Vários organismos competiam entre si a nível das respectivas competências.
Quando a ASAE foi criada acabou esta confusão. Passou a existir um único organismo de fiscalização alimentar e do consumo. A impunidade daqueles que enriquecem com a contrafacção, a mixordagem, a adulteração de comidas e bebidas, terminou.
Levantam-se agora algumas vozes bem pensantes a criticar os "excessos" cometidos por esta instituição. O facto de "atacarem" as feiras encapuzados, terem agora treino militar dado pela secreta nacional e pelos SWAP norte-americanos, encherem os tribunais de processos e contra-ordenações. Cometeram até o excesso de encerrarem uma pastelaria durante ano e meio cujo proprietário depois só levou uma multa de € 50.
Será que preferíamos comer gato por lebre, literalmente falando, ou cão por cabrito. Peixe "fresco" congelado e descongelado sucessivamente até perder as escamas e mudar a cor. Haver baratas e ratos a passearem-se pelos alimentos como se detectou num conhecido restaurante-snack de 1ª categoria das avenidas novas. Queríamos isto?
Quando temos uma coisa que franceses e outros europeus andam a tentar conseguir há anos trata de "deitar abaixo". Essa sempre foi uma especialidade nacional.
Claro que o "chefe" da ASAE não devia ter cometido o pecado de fumar cigarrilha na passagem de ano num casino. Devia dar o exemplo. Mas também tem razão quando diz que toda a gente atravessou fora da passadeira pelo menos uma vez na vida.

quinta-feira, janeiro 03, 2008

Fumaradas

Finalmente chegou a lei do tab agismo que impede se fume em restaurantes, bares, discotecas, escolas, hospitais... Parece que está a ser cumprida, o que é muito bom se tivermos em conta que boas leis por cumprir é o que há mais em Portugal.
Observam-se pequenos grupos de fumadores à porta dos estabelecimentos a dar um ar mais acolhedor às ruas.
Acabou a longa opressão dos viciados em chupetas fumegantes sobre os não fumadores. Acabaram-se as argumentações parvas a favor de um hábito sujo e poluente. Resta responsabilizar as tabaqueiras pela adulteração que fazem da folha do tabaco adicionando mais de 4000 químicos só para "agarrar" os fumadores, para os tornar dependentes, incapazes de abandonar o vício. Quando um fumador contrai cancro das vias respiratórias ou efizema pulmonar somos todos a pagar a factura através dos impostos cobrados pelo Estado.